sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tenho que aceitar, é a vida ...

 

Eu era completamente apaixonada por você. Literalmente. Definitivamente. Eu quis me entregar, quis ser sua, quis ver até onde ia, porque ia, que sentimento existia ali. Eu quis. Porque você me fez viver de uma forma única: Pra ter um futuro do seu lado, imaginado, pensado, calculado. Meu maior erro! Não se acerta o futuro, não se faz as coisas pensando nele. Se vive o agora. Só. Eu fiz besteiras incontáveis acreditando nisso, você também, mas não acredito que foi pensando no nosso futuro. Bem, eu fui boba. Imatura. Admito! E admitiria mais zilhões de vezes se isso fosse te fazer mudar de ideia. Porque, olha, você precisa saber que eu te escrevi umas cinco vezes. Uma das vezes, foi quase um suicidio. A outra, ficou madura demais, chegou a ser falso, cheio de coisas que eu não queria dizer. Outra, ficou extremamente drámatico. Uma outra, ficou razoavelmente equilibrada. E na última, falei todas as verdades. Tudinho que estava entalado na minha gargante há dias. Falei de todas as coisas em você que agora me irritam, de tudo que eu fiz pra te deixar pra trás, de todas as vezes que eu chorei, e de todas as vezes que eu sorri também. Falei das confianças e promessas que existiram entre a gente, as quais simplesmente não existem mais. Deixei claro que entendi o motivo pelo qual você foi embora, mas que isso era diferente de se conformar. Mas eu entendi. Quer dizer, isso não significa que eu entendi como deveria. Mas bem, se você ainda vai voltar, se tem a ver com aquele papo da gente estragar o nosso futuro com as besteiras de agora, se tem alguma ligação com aquela coisa de me procurar mais tarde - porque você me jurou isso uma vez - então, eu entendi. Cometemos erros, mas fizemos coisas certas também. Se você for me procurar um dia, eu espero que não seja tarde demais. E olha, você me deixou sem direção quando não explicou as coisas, quando simplesmente largou minha mão e pediu que eu caminhasse sozinha apartir daquele momento. O mais engraçado era te ver todos os dias, e fingir que estava tudo bem, te dar um oi discreto como se fosse pra qualquer amigo meu.. Era mais ou menos aquela coisa de preciso deixar meus-sentimentos-ocultos por um tempo. O que antes era um pedacinho de mim, agora tinha que ser um pedacinho secreto. Achei um pouco ridiculo de inicio, depois um pouco irônico, e agora não acho nada. Acho que acostumei. Tem a ver com aquela coisa de anestesia própria.. Toda dor acaba criando uma, não é? Eu fiz uma lista de todas as coisas que eu amo e odeio em você, e de todas as promessas cumpridas - e também das não-cumpridas. Fiz uma listinha com todos os sonhos que eu tinha pra gente, todos os planos. Aliás, funcionaram realmente como sonhos mágicos, porque eu preciso estar inteira se não se tornarem realidade. Preciso estar de bem comigo mesma, estar segura, confiando que eu posso ser feliz sozinha. Ou com outro cara. Mas, a gente, tá guardado. Tudo guardadinho. Os sonhos, os planos, tudo contadinho. Aliás, 10 contados: Dez motivos pra não desistir de você, se algum dia eu pensar nisso. Dez motivos pra lembrar do cara pelo qual eu me apaixonei, e não desse ogro que ele se tornou agora. O cara pelo qual eu me apaixonei era um cavalheiro nato. Não essa pessoa de agora! O que me fez viver um pouco melhor sem você. Ver suas atitudes de agora, me fez te repugnar um pouquinho.. Me fez ver o quanto você não liga mais. Assim ficou mais fácil, com certeza. O fato é que os segundos passam, as horas passam, os dias passam, aos poucos chega o dia em que estaríamos comemorando mais alguns meses de namoro, aos poucos vai passando.. Estamos em julho, e logo vem agosto. Eaí, 1º de agosto, 5 de agosto, 10de-agosto, eaí vai passando devagar, e ao mesmo tempo rápido, porque eu fico esperando.. Passam meses, e um dia, vão ter passado anos talvez. Talvez eu já tenha dito tudo que tinha pra dizer, tudo que podia dizer ou fazer, eaí boa noite psicose. Talvez eu te entregue algum dia todas as cartas que eu não mando, todos os meus rascunhos de como seria nossa casa, nossos horários, nossos talvez-filhos, enfim, todas essas coisas bobas que eu imaginava. Ou talvez um dia você volte e diga que não é tão idiota assim, que não é tão idiota a ponto de deixar o que você mais quer na vida, pelo que você mais quer no momento - eu espero que ainda seja assim, pelo menos. Talvez você não me deixe continuar indo.. Porque querendo ou não, aos poucos, eu estou fazendo exatamente isso. Indo embora. Pra nunca mais voltar. Eu entendi que o amor não é cego, e o coração não precisa ser burro sempre. 
  By :Luana S.

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